O poema carateriza as paisagens do
Brasil, comparando a de riqueza, mostrado pela mineração, agricultura, e a
cultura do fumo e da cana de açúcar ao cenário de uma vida burguesa e pelo
saber da poesia. Essa oposição e bem clara, pois o poema possui quatro estrofes
dedicadas à riqueza, e as outras quatro mostrando o ideal da nova vida burguesa.
O poeta rompe com a condição ideal de pastor, assumindo sua verdadeira condição
social e imaginando a vida conjugal com Marília.
Os três primeiros versos são decassílabos e o ultimo hexassílabo. O poema possui uma canção, 15 sonetos e uma ode. O sujeito lírico e o pastor Dirceu que confessa seu amor pela pastora Marília. Referindo-se à lira III da parte III, Manuel Bandeira escreveu: "Nessa lira esqueceu o Poeta a paisagem e a vida europeia, os pastores, os vinhos, o azeite e as brancas ovelhinhas, esqueceu o travesso deus Cupido, e a sua poesia reflete com formosura a natureza e o ambiente social brasileiro, expressos nos termos da terra com um fino gosto que não tiveram seus precursores".