domingo, 29 de setembro de 2013

A Arcádia

O fortalecimento da burguesia e o aparecimento dos filósofos iluministas formam um novo quadro sociopolítico que necessita de outras formulas de expressão. A literatura que surge para combater a arte barroca e a sua mentalidade religiosa é o neoclassicismo, que objetiva restaurar o equilíbrio por meio da razão.
Os artistas desse período compreendiam que o barroco havia ultrapassado os limites do que se considerava arte de qualidade e procuravam recuperar e imitar os padrões artísticos renascentistas.  Na Itália essa influencia conhecida como arcadismo inspirava-se na lendária região da Grécia antiga.
 Para os árcades a obra de arte considerada de boa qualidade era aquela que apresentasse o maior grau possível de verossimilhança, isto é, semelhança com a verdade, com a natureza. O artista devia extrair os princípios que regem a natureza e aplica-los por meio da razão. Contudo no século XVII o conceito de verossimilhança foi levemente modificado entre os árcades. Em vez de imitarem a natureza os árcades imitavam os clássicos renascentistas que imitavam os gregos e os latinos, os quais por sua vez, imitavam a natureza.

Os italianos procurando imitar a lenda grega criaram a Arcádia- uma academia lendária que reunia os escritores com a finalidade de combater o barroco e difundir os ideias neoclássicos.  A linguagem árcade e a expressão das ideias e dos sentimentos do artista do século XVIII. Seus temas procuram adequar-se a nova realidade social vivida pela classe que a produzia e a consumia: a burguesia. O principal introdutor do arcadismo no Brasil foi Cláudio Manoel da costa e Tomás Antonio Gonzaga também teve grande importância no Arcadismo brasileiro.